terça-feira, 31 de maio de 2022

Ser Escritor é Cool

 Ser Escritor é cool - 3º Desafio 





Texto - 1º ciclo

Como gostaria que fosse a minha escola?

 

           Eu gostaria que, no pátio da escola, houvesse escorregas para brincar; seria muito mais fixe, porque agora o pátio tem um vazio no meio dele e era aí que estava um escorrega, mas tiraram-no e eu fiquei muito triste, porque eu adorava aquele escorrega.

        Acho que é só isso, porque a minha escola é muito fixe e incrível. Eu adoro a minha escola, não fazia nada para a mudar a não ser isso que eu disse, por causa do escorrega no pátio, mas de resto é tudo bom, na minha escola.

        A minha escola é a melhor que eu já conheci. Saio daqui muito bem ensinada e nunca me vou esquecer das lições que aprendi, todas elas são muito importantes. Também nunca me vou esquecer das amizades que fiz, que para mim são a melhor coisa.

       Eu quero que a minha escola nunca mude, porque ela é incrível e completa-se com os alunos, os professores e as auxiliares.

     Dizem que nada é perfeito, ou seja, a escola também não é, mas eu não a mudaria por nada - só aquela parte do escorrega no pátio …, lá está, a escola não é perfeita!

 

                                                                                   Inês da Silva Costa – 4º ano - EBSNSM 

Texto - Ensino Secundário


Diário de um agricultor

Perspetivas

10 anos depois…

14 de abril de 2012

          Depois de muito recusar e de tentar ir contra a vontade dos filhos, Libânio lá acabou por aceitar ser colocado num lar. Ele e a sua mulher concordaram agora que João tem que tomar conta da sua filha pequena e Carlos tem que vigiar e cuidar das terras de seu pai.

            Libânio, arrastando os pés pesados escondidos por um par de chinelos quentes, dirige-se à sala e senta-se ao lado de sua mulher. Inclina a sua cabeça para trás e fecha os olhos por um minuto. Naquele minuto a vida de Libânio voltou, vê-se nas suas terras a fazer aquilo que fez a sua vida toda, encontra-se no paraíso e sem intenção deixa escapar um sorriso tímido.

            É despertado desse seu sonho quando uma mão pequenina e inocente lhe toca no pulso e lhe sussurra “Avô…”. É Magda, filha com 6 anos de João e atualmente o bem mais precioso para Libânio.

            Desde que Libânio e sua mulher entraram para o lar que todos os sábados Magda e seu pai o visitam. Por já se encontrar muito cansado, as saídas de Libânio daquela instituição vão sendo cada vez menos, então são as histórias que Magda conta as quais fazem Libânio saber do mundo lá fora e de como ele se encontra.

            - Sabes avô, daqui a uma semana começo a escola! – diz sorridente a pequena criança. Libânio olha para ela intrigado e, num gesto de delicadeza, transfere-a o ser inocente para o colo confortável de sua mulher.

            - Ela vai para a escola? Devia é ir começar a trabalhar! – sussurra Libânio num tom severo para João.

            - Pai, ela tem que estudar… Até quando vais continuar a dizer que não é preciso? – responde calmamente João ao seu progenitor.  João e Libânio sempre possuíram uma visão diferente no que toca a educação.

            Quando era pequeno, Libânio crescera e desde que pequeno que fizera trabalhos campestres e ajudava seus pais em seus terrenos. Nunca possuiu grande visão do sistema educacional e sempre preferiu ter contacto direto no mundo do trabalho. Já João recebeu também a mesma ideia, mas ao envelhecer decidiu dedicar-se aos estudos e formar-se. Libânio nunca entendeu a decisão de seu filho e sempre achou que fora falta de tempo.

            Depois de brincar divertidamente com a avó, Magda levanta-se energicamente e pergunta a seu pai se pode ir beber um pouco de água. Agarrando delicadamente a filha, João levanta-a e faz-lhe pequenas cócegas na barriga que fazem sua filha soltar um riso sincero. De seguida, coloca-a de novo no chão e seguem ambos de mãos dadas até à casa de banho.

            Aproveitando a ausência de seu filho e neta, a mulher de Libânio encara-o de forma calma e ao mesmo tempo severa.

            - Libânio, qual é o problema da pobre criança de querer aprender? Eu sei que nunca foste à escola, mas talvez seja por isso que também não saibas ler. Sempre fui eu quem te leu as coisas, mas o futuro não é garantido e terás que saber orientar-te sozinho, aliás também foi por isso que te ensinei a escrever, para possuíres um pouco de conhecimento, mas só esse não basta. A formação de agora é muito mais avançada que a do no nosso tempo e, embora tenha ido à escola, eu também não a entendo bem, mas a Magda pode e até pode ensinar-nos.

            Libânio suspira profundamente e reflete sobre as palavras que acabou de ouvir. Sempre desejou que seus filhos tivessem sucesso, tal como todo o desejo que qualquer pai compartilha sobre o seu filho.

            João regressa e os quatro brincam durante mais um instante. Libânio decide então falar com seu filho. Lentamente levanta-se e ambos se dirigem ao jardim do lar. Lá, Libânio, ainda que um pouco contrariado, fala com seu filho sobre a educação da neta e entende que talvez a escola seja o que dará àquela inocente criança um bom futuro.

            João emociona-se e abraça o pai com grande amor. Sempre fora muito difícil contrariar a vontade de Libânio, mas agradece pela ajuda de sua mãe. Sabe que, sempre que Libânio discordava de algo, era sua mãe que sempre sabia o que dizer.

            Regressam para dentro aonde sua mãe e sua filha se encontram a assistir um programa de televisão. Abraçam-se os quatro, Magda dá um beijinho na bochecha a cada um de seus avós e despedem-se.

            21 de abril de 2012

            João regressa com a sua filha a casa, depois de saírem para irem brincar num jardim, quando recebe uma ligação que o deixa num estado alarmante. É seu pai, não se encontra muito bem. O seu coração acelera e João segue em direção ao lar.

            Ao lá chegar pergunta por seu pai e é encaminhado por uma enfermeira até ao quarto dele. Assim que chega, encontra uma imagem triste que faz com que sinta o seu coração a despedaçar-se em pedaços dentro de si. Seu pai encontra-se bastante doente, com pouca capacidade verbal e já pouca mobilidade física deitado numa cama. Ao lado dele, sua mulher rezando um terço e segurando a mão do marido com outra.

            A enfermeira avisa que o estado de saúde de Libânio não é dos melhores e que é muito instável. Num pequeno gesto que envolve muito esforço, Libânio aponta para uma caixa que se encontra num canto do quarto.

            Ao reparar no gesto do pai, João corre e ao olhar para dentro da caixa encontra um livro. Decide começar a abri-lo até que ouve sua filha a dizer “Avô? Avô?”. Quando olha já era tarde demais… Os olhos de Libânio já se tinham fechado e sua filha cobria com as mãos a sua cara fina enquanto chorava vencida pelo medo.

            João vai para junto dela, abraça-a com toda a sua força e lamenta também o que acabou de testemunhar. Algum tempo mais tarde, abre o caderno que descobriu no quarto de seu pai.

            É seu diário. Diário que Libânio escondera dos filhos e que estava agora sobre as mãos de João. João começa a lê-lo lentamente vai se lembrando do homem que sempre orgulhava ter como pai.

            Ao chegar à última página escrita, João repara que é datada no último dia que Libânio esteve em sua casa. Então, num ato de memorizar seu pai, João vira a página e pega numa caneta. Começa a escrever. “21 de abril de 2012 – Pode ser estupidez, podem lhe chamar loucura ou ter outro qualquer nome impossível de decifrar, mas aqui, nestas páginas está quem tu eras. Ensinaste-me a ser quem hoje sou. A escola pode dar-nos conhecimentos que necessitamos, mas nunca nos ensinará o amor que tinhas por nós. Obrigado”

            Depois fecha o pequeno caderno cheio de lágrimas nos olhos e abraça-o. Jura para si mesmo guardar e proteger aquele pertence, pois tal como seu pai, em toda sua vida guardou e protegeu João.

                                                                                   Daniel Gonçalves


quinta-feira, 19 de maio de 2022

 Paulina Chiziane 

Prémio Camões 2021 na Sertã


As histórias da autora cativaram todos os que puderam participar neste encontro fantástico.

Obrigada, Paulina! 


















Campeonatos Escolares SUPERTMATIK













Divulgamos informação com os 3 finalistas do SuperTmatik Astronomia e Físico Química, por ano e nível.


Aguarda-se informação da EUDIDACTICA relativa ao posicionamento de cada um a nível nacional.

De qualquer modo, já estão de parabéns!

quarta-feira, 11 de maio de 2022

 
Margarida Ribeiro de 10º ano na Final Nacional do CNL

No âmbito da participação do Agrupamento de Escolas da Sertã no Concurso Nacional de Leitura, a aluna Margarida Ribeiro, do décimo ano, ultrapassou etapas e garantiu a sua participação na Fase Intermunicipal que se realizou em Vila Nova da Barquinha, no dia 7 de abril.

E, mais uma vez, a nossa Margarida esteve à altura da forte concorrência e provou que na Sertã há excelentes leitores, apurando-se para a final nacional!

Vai continuar esta aventura, rumo à final, no dia 4 de junho, em Almada, tendo já realizado a prova escrita, que dará acesso à prova final de palco.

Parabéns, Margarida!


Ver mais em https://www.instagram.com/p/CcD6Voisslb/?igshid=MDJmNzVkMjY

 Dia Mundial da Língua Portuguesa


As BE do AES assinalaram o Dia Mundial da Língua Portuguesa com atividades de exploração da riqueza da nossa língua, com especial relevância para as expressões idiomáticas.
Partindo de imagens sugestivas os alunos foram descobrindo expressões que ouvem com frequência, embora desconhecendo o seu significado.










Clássicos em Rede - Olimpíadas da Cultura Clássica

  No âmbito do Projeto Clássicos em Rede, vários alunos das turmas A e C do 7º ano conheceram os mitos gregos - Pandora e os titãs.  Clica n...