sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

                                       Concurso -  "Ser escritor é cool"

Desafio nº 2 - 3º ciclo e secundário 

 "Lemos, escrevemos e aprendemos cada vez mais no digital. 

És a favor ou contra?"

Texto finalista

3º ciclo

“Lemos, escrevemos e
aprendemos cada vez mais no digital.”
 

            A evolução tecnológica tem vindo a revolucionar a forma como comunicamos e como nos relacionamos no dia a dia. A internet, as redes sociais e as aplicações digitais, que utilizamos no nosso simples telemóvel, trouxe novos desafios à Humanidade. A digitalização de toda a informação, incluindo os livros, levanta-nos uma série de questões. Existem vantagens e desvantagens deste processo de digitalização.

Na minha opinião, acredito ser possível aprender com alguns recursos digitais, que são muito mais apelativos do que o simples livro em suporte de papel. A interatividade entre o utilizador e o recurso digital pode ser muito facilitadora de aprendizagens. A utilização de simuladores, vídeos interativos que complementam o livro, torna-se muito interessante, nomeadamente para esta jovem geração, “faminta de tecnologia”. Este novo tipo de aprendizagem tem uma estrutura mais simplificada e apelativa, comparando com outros métodos mais tradicionais, como os manuais.

No entanto, também existem desvantagens, na utilização do digital nas aprendizagens. Na internet, por exemplo, existe muito material pouco fidedigno, que exige um grande poder de seleção, por parte do utilizador, o que nem sempre sucede. Por outro lado, os jovens passam demasiadas horas em dispositivos eletrónicos, o que nem sempre é positivo para a sua saúde física e mental. A escrita, a leitura, e a aprendizagem, em suporte digital, tornam-se muito mais cansativas, devido às radiações emitidas pelos computadores, tablets e telemóveis, originando problemas, por exemplo, ao nível da visão.

A leitura de um livro em suporte de papel, o simples toque, o folhear das suas páginas, o domínio que é ter o livro nas nossas mãos, o sentimento de pertença, é algo que o digital não nos permite sentir. No entanto, a possibilidade interativa, que a tecnologia nos trouxe, permitindo-nos compreender melhor os conteúdos, também é muito positiva.

Concluindo, tenho opinião favorável perante estas novas formas de aprender, muito dinâmicas, interativas e apelativas. No entanto, é necessário a escrita e a leitura em papel, de forma a que não se percam capacidades de leitura e de escrita. O livro físico continua a ser único, a visita a uma qualquer feira do livro, o comunicar com o escritor, o sentir a emoção de tocar o livro, é algo que nenhuma ferramenta digital nos pode trazer/proporcionar.

Diogo Rodrigues,9ºA

Texto finalista

Secundário

Diário de um agricultor

A invasão

21 de março de 2002

          O Joaquim ainda continua com as suas feridas que a pouco e pouco se saram. O estranho objeto era algo preto com medida de um palmo e cheio de teclas. Disse que se chamava telemóvel… ou algo assim. A luta deve ter-lhe feito mal e batido com a cabeça.

            Através da televisão que se encontra ligada dentro do café, um novo anúncio invade aquele espaço com algo inovador: outro telemóvel. O homem que o está a dizer enumera várias características que, segundo ele, são formidáveis.

            Não sei se confio muito nele nem naquilo que ele está a dizer… Tem ar de excêntrico e rico, está sempre a sorrir… E o seu suposto maravilhoso produto nem é igual ao do Joaquim.

            Despeço-me da D. Márcia e sigo para o meu trabalho.

28 de março de 2002

          Em muito pouco tempo parece que a minha aldeia, que antes era calma e acolhedora, perdeu o seu brilho e tornou-se em alguma coisa que nem sei bem o que é.

            No espaço de pouco tempo parece que toda a gente ficou maluca a querer comprar o tal do “telemóvel” e a dizer que isso torna a vida melhor. Até os meus próprios filhos quiseram comprar um. Embora ainda vivam comigo, já são homens adultos e já podem pagar pelas suas coisas. Deviam era casar e de sair de casa.

            Os barulhos dos telemóveis a tocar parecem que me perseguem como a vaga de térmitas que caiu sobre as minhas terras. Ficou quase tudo devastado e ainda não sei como vou recuperar o que perdi.

            Com os ataques dos animais e com a vaga, as minhas terras estão a tornar-se em solo infértil matando em ritmo lento qualquer planta que se ouse lá instalar e crescer. Não sei como vou viver assim…

2 de abril de 2002

          Depois de vários dias a insistirem, deixei a minha mulher e os meus filhos irem comprar os tais telemóveis. Enquanto eles iam, eu fiquei a trabalhar para conseguir tirar um pouco do que restava do solo estragado e tirar algum sustento.

            Andamos reduzidos a pó e grãos, mas eles querem-nos como se a vida deles dependesse disso… Não entendo o porquê de tanto entusiasmo. Se andarem agarrados aos telemóveis, não haverá sustento que lhes valha…

            O meu filho mais velho, João, diz que já arranjou uma namorada e que para breve estará para casar. Afirma que quer fazer uma surpresa e que enviará a data combinada através das maquinetas invasoras porque estará muito ocupado nos preparativos do evento.

            A D. Márcia também diz que irá instalar um compu-não sei quê… Diz que viu novamente o tal homem excêntrico e rico na televisão que lhe falou daquilo e decidiu comprar um para melhorar o café.

Pessoalmente acho uma ideia absurda! O café está ótimo como está! Não necessitamos de engenhocas e mexer em algo que já por si só é ótimo.

7 de abril de 2002

          As plantas continuam a não conseguir germinar nem a produzir nada. Já tentei todas as técnicas de cultivo que conheço, mas infelizmente nada parece surtir qualquer tipo de efeito.

            O meu outro filho Carlos tem-me tentado ajudar, embora o seu empenho no trabalho também tenha decaído. Ultimamente, tem estado sempre hipnotizado com aquela engenhoca que a D. Márcia colocou no café. Tanto ele como muitas outras pessoas que agora passam os dias lá dentro a olhar para aquilo com admiração.

            Do meu filho João não tenho recebido muitas notícias. Acredito eu que seja devido ao casamento e do trabalho que a sua organização exige.

            Agora vou tentar fazer florescer mais alguns caules ou raízes perdidos para que possa conseguir continuar a sobreviver.

21 de abril de 2002

          Passou algum tempo, eu sei, mas finalmente vi sustento a crescer através de caules e folhas revelando a fertilidade recuperada dos solos danificados. Os dias foram resumidos na rotina de casa-terrenos, terrenos-casa.

            Embora esteja feliz por finalmente estar a recuperar algum que me possa dar de comer, a febre desta tecnologia inovadora não saiu da mente de ninguém. O meu filho Carlos disse-me que já tinha encontrado uma técnica nova no tal computador, que acho eu que é assim que tal objeto estranho se chama, e que nos iria ajudar nos prejuízos.

            Não confio muito naquela maquineta e prefiro optar por métodos mais fiáveis e que eu já conheço.

            Focando-me no meu outro filho, João parece que se tornou numa sombra perdida de que nunca mais ouvi dizer alguma coisa. Já faz duas semanas desde a última vez que falámos e o sentimento de saudade já me começa a invadir.

            Sou chamado pela minha mulher. Pergunto-lhe o que quer e ela responde-me que temos que ir ao casamento de João. Questiono-me como sabe ela tal informação e ela explica-me que recebeu algo chamado de “mensagem” através do telemóvel a explicar aquilo.

            A minha vontade de ir é quase nula e o meu sentido de desconfiança toca quase como uma sirene para me avisar. Como já afirmei, não acredito muito naquelas máquinas, mas decido dar uma hipótese.

            Volto da cerimónia, já ao cair da noite, e vejo que afinal estas novas “engenhocas” podem revelar-se bastante úteis. Ajudou o João na divulgação do grande acontecimento aos seus convidados e pode ser que me consiga também ajudar a mim na recuperação do meu solo de forma a que este possa voltar a sorrir, auxiliando também assim o meu estimado sustento.

Daniel Alves, 12º

 Concurso -  "Ser escritor é cool"

Desafio nº 2 - 1º e 2º ciclos  

Os computadores não substituem os livros. Concordas?


Texto finalista

1º ciclo

Os computadores não substituem os livros. Concordas? 

Eu concordo com esta afirmação porque tal como disse Bill Gates “É claro que os meus filhos terão computadores, mas antes terão livros”.

 Ler um livro é muito diferente do que ler no ecrã de um computador, tem a sua importância, a sua utilidade, mas não substituem os efeitos benéficos da leitura de um livro em papel.

 Quando temos um livro é como ter um amigo ao nosso lado, fazemos sempre uma viagem imaginando as pessoas, os sítios, os cheiros que aquela história nos conta.

Os computadores para mim são muito úteis para trabalharmos, para fazer pesquisas, até para comunicarmos uns com os outros, mas nada substitui o folhear de um bom livro, de passarmos um bocado a sonhar de olhos abertos.

Com um livro nunca nos sentimos sós. Mas nada tira a importância que têm os computadores nesta nossa época.

Dizem que em breve vão acabar os manuais escolares, que serão substituídos pelos computadores. Já imaginaram o número de computadores que se vão partir e estragar nas mãos de alunos que não têm cuidado com as suas mochilas?

E o prazer que dá folhear as folhas dos manuais escolares nos primeiros dias de escola? E o cheiro dos livros novos?

Por isso, para mim, nada substitui os livros.

Deixai-me com os meus livros, com eles eu sinto-me feliz, sonhador e livre. E como eu adoro os livros, espero que vocês parem de dizer que os computadores são melhores, porque não são!

Boas leituras para quem gosta de livros como eu!

                                                                          Luís Ruivo, 4ºC, EBS              

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

 Dia dos Namorados

Trabalho elaborado por alunos e orientado pela docente Teresa Azenha.

Os animais também namoram Clica para ver

Atividades na BE e na Sala do Aluno pela Tuna do AES.












Clássicos em Rede - Olimpíadas da Cultura Clássica

  No âmbito do Projeto Clássicos em Rede, vários alunos das turmas A e C do 7º ano conheceram os mitos gregos - Pandora e os titãs.  Clica n...